Você já se perguntou como a internet funciona? Como é possível acessar sites, enviar e-mails, assistir vídeos, jogar online e fazer tantas outras coisas com um simples clique? A internet é uma das maiores invenções da humanidade, mas também uma das mais complexas e misteriosas. Por aqui, vamos tentar explicar de forma simples e prática como a internet funciona, quais são os seus principais componentes e conceitos, e como ela se tornou tão essencial para o nosso dia a dia. Vamos lá?

O que é a internet?

A internet é uma rede global de computadores que se comunicam entre si. Esses computadores podem ser de diferentes tipos, como desktops, notebooks, tablets, smartphones, servidores, roteadores, etc. Cada computador na internet tem um endereço único, chamado de IP (Internet Protocol), que é uma sequência de números separados por pontos, como 192.168.0.1. O IP permite que os computadores se identifiquem e se localizem na rede.

A internet não é controlada por nenhuma entidade central, mas sim por uma cooperação entre diversas organizações, governos, empresas e indivíduos que seguem alguns padrões e normas técnicas. A internet também é uma rede aberta, que permite que qualquer pessoa possa criar e acessar conteúdos e serviços online.

Como os dados são transmitidos pela internet?

Os dados que circulam pela internet são divididos em pequenos pedaços, chamados de pacotes. Cada pacote contém uma parte da informação que está sendo enviada ou recebida, além de algumas informações adicionais, como o endereço IP de origem, o endereço IP de destino, o tamanho do pacote, o número de sequência, etc. Essas informações são chamadas de cabeçalho do pacote, e servem para que os computadores saibam como tratar e encaminhar cada pacote.

Os pacotes são transmitidos pela internet através de diversos meios físicos, como cabos, fibras ópticas, ondas de rádio, satélites, etc. Esses meios formam a infraestrutura da internet, que é composta por milhares de quilômetros de cabos submarinos, terrestres e aéreos, que conectam os continentes e as regiões do mundo.

Os pacotes não seguem um caminho fixo ou direto entre a origem e o destino, mas sim passam por vários dispositivos intermediários, chamados de roteadores. Os roteadores são computadores especiais que têm a função de receber, analisar e reenviar os pacotes para o próximo destino, de acordo com as melhores rotas disponíveis na rede. Eles são responsáveis por garantir que os pacotes cheguem ao seu destino final, mesmo que haja congestionamentos, falhas ou mudanças na rede.

Como os computadores se entendem na internet?

Para que os computadores possam se comunicar na internet, eles precisam seguir algumas regras e padrões, chamados de protocolos. Os protocolos definem como os dados devem ser formatados, codificados, transmitidos, recebidos e interpretados pelos computadores. Os protocolos também estabelecem as funções e as responsabilidades de cada parte envolvida na comunicação.

Existem vários protocolos na internet, que atuam em diferentes níveis e camadas. Alguns dos protocolos mais importantes são:

TCP (Transmission Control Protocol): é o protocolo que controla a transmissão dos pacotes pela internet, garantindo que eles sejam enviados e recebidos de forma confiável, ordenada e completa. O TCP também é responsável por controlar o fluxo e a velocidade dos dados, evitando sobrecargas ou perdas na rede.

IP (Internet Protocol): é o protocolo que define o endereçamento e o roteamento dos pacotes pela internet, usando os IPs de origem e de destino. O IP também é responsável por fragmentar e remontar os pacotes, caso eles sejam maiores do que o tamanho máximo permitido pelo meio de transmissão.

HTTP (Hypertext Transfer Protocol): é o protocolo que define como os dados devem ser trocados entre os navegadores e os servidores web, que são os computadores que armazenam e fornecem os conteúdos dos sites. O HTTP também é responsável por definir os métodos, os cabeçalhos e os códigos de status das requisições e das respostas entre os navegadores e os servidores.

DNS (Domain Name System): é o protocolo que permite que os usuários usem nomes de domínio, como www.google.com, em vez de IPs, para acessar os sites na internet. O DNS é um sistema de tradução que converte os nomes de domínio em IPs, usando uma rede de servidores distribuídos pelo mundo.

Como a internet se tornou tão popular e importante?

A internet surgiu nos anos 60, como um projeto de pesquisa militar dos Estados Unidos, que visava criar uma rede de comunicação resistente a ataques nucleares. Nos anos 70 e 80, a internet se expandiu para o meio acadêmico e científico, com a participação de universidades e institutos de pesquisa. Nos anos 90, a internet se popularizou para o público em geral, com o surgimento da World Wide Web, que é o conjunto de documentos e recursos interligados por hiperlinks, que podem ser acessados pelos navegadores.

A World Wide Web foi criada por Tim Berners-Lee, um cientista da computação britânico, que desenvolveu as tecnologias básicas que permitem a criação e o acesso aos sites, como o HTML (Hypertext Markup Language), que é a linguagem de marcação que define a estrutura e o conteúdo dos documentos web, o URL (Uniform Resource Locator), que é o endereço que identifica e localiza cada recurso na web, e o HTTP (Hypertext Transfer Protocol), que é o protocolo que define a comunicação entre os navegadores e os servidores web.

A World Wide Web revolucionou a internet, pois permitiu que qualquer pessoa pudesse criar e publicar conteúdos online, de forma fácil e rápida, sem depender de intermediários ou de autorizações. A World Wide Web também permitiu que os usuários pudessem acessar e consumir conteúdos de diversos tipos, como textos, imagens, vídeos, áudios, etc., de forma interativa e dinâmica, usando apenas um navegador. Foi o pontapé inicial para a revolução WWW.

Desde então, a internet e a web não pararam de crescer e de se desenvolver, incorporando novas tecnologias, serviços, aplicações e funcionalidades, que atendem às mais diversas necessidades e interesses dos usuários. Hoje, a internet é uma ferramenta indispensável para a comunicação, a informação, a educação, o entretenimento, o trabalho, o comércio, a cultura, a política, a sociedade e a cidadania.